sexta-feira, 11 de abril de 2014

Queimadas, finalmente, chega à Lua

Terá sido este o nosso “ônibus Espacial” ou o “Uno Fogueteiro" a se lançar no espaço e indo à lua 15 vezes... 
ou, este aqui, que mais parece um foguete de verdade?










Em nove meses de administração Tarcísio Pedreira (de julho a março), o ônibus Espacial ou, melhor, o “Uno Foguete” da Prefeitura de Queimadas com quatro astronautas queimdenses à bordo, utilizando combustível comum e com um consumo médio em torno de 10 Km/litro fez 15.3 viagens (ida e volta) à lua (nosso satélite cantado em prosa e verso por nossos poetas), tomando-se por base uma distância média entre a Terra e a lua de 384 mil Km. Ou, se quisesse poderia, ainda, ter feito 4.439 mil viagens entre Queimadas a São Paulo cuja distância, por rodovia, é de 2.658 Km.

            No jargão jornalístico este parágrafo acima é taxado de “Nariz-de-cera”, na verdade uma forma de se começar uma notícia sem incluir, sequer, uma linha com informações relevantes e algo condenável em qualquer Manual de Redação disponível nas redações dos grandes veículos de imprensa. No entanto (ah!!! este no entanto é que é o problema), o “Nariz-de-cera” está mais para a verdade do que para uma brincadeira de “jogo de palavra”. Senão, vejamos:

            A Prefeitura de Queimadas, supostamente, queimou algo em torno de 1.180.000 (um milhão gente e não um mil) litros de combustível, ai incluídos álcool, gasolina e óleo diesel, em noves meses contados de julho do ano passado a março deste ano, o que representou um gasto para os cofres públicos de R$ 3.087.340,02.

É o que se depreende do valor empenhado pela Secretaria de Finanças da prefeitura para pagamento de combustível, em apenas um empreendimento comercial da cidade, já que não estamos levando em conta os gastos com combustíveis ao longo do trajeto entre Queimadas e Salvador, por exemplo. Foram empenhadas ao longo desses nove meses notas fiscais que, somadas, chegam ao valor estratosférico de      R$ 3.087.340,02.

            Então vamos aos números: Tomando-se, por base, o valor médio por litro de combustível utilizado pela prefeitura de R$ 2,60 chegamos ao assombroso número de 1.180.000 litros supostamente gastos nesse período. Se levarmos em conta um consumo médio de 10 Km por litro os veículos da prefeitura de Queimadas percorreram nesse espaço de tempo (nove meses) cerca de 11.800.000 Km.

            Mas vamos em frente porque os números são empolgantes. Vamos dividir os 1.180.000 litros de combustível pelos noves meses apurados de gastos. Chegaríamos a um total de 131 mil litros por mês ou, para ficarmos numa soma mais simples, a um suposto gasto de 4.366 mil litros por dia pelos veículos em circulação no município ou em viagens para outras cidades, sendo a mais longínqua Salvador, distante 300 Km de Queimadas.

            Mas os números vão complicando cada vez mais os supostos gastos empenhados pela prefeitura neste item chamado, combustível. Vamos supor que a Prefeitura de Queimadas possua, em circulação, algo em torno de 50* veículos. Se a matemática não falhou teríamos um consumo médio, por dia, de cada veículo, em torno de 87 litros. Ora, Senhor editor, 87 litros/dia é até pouco, diriam os mais apressadinhos, não é verdade?

            Aparentemente, sim. É claro que um veículo em serviço pode gastar 87 litros ou mais de combustível por dia. Por exemplo, as ambulâncias que transportam diariamente pacientes para Salvador ou Feira de Santana. Mas a bem da verdade, o cálculo não deve ser feito por este ângulo, mas, sim, pelo seu conjunto.

Para que a Prefeitura de Queimadas gaste 1.180.000 litros de combustíveis no período decorrido de nove meses se faz necessário que todos, todos os 50 veículos, ao mesmo tempo, nesses mais de 270 dias, rodassem, repito, todos eles, diariamente e ininterruptamente, o que é algo impensável, cerca de 870 Km, tomando-se por base uma média de 10 Km por consumo, por litro.

Alguém de sã consciência acredita nesta suposta lorota? Se acredita então meus parabéns. Você é um Santo nesta terra de demônios onde a mentira, o malfeito, as sutilezas na aplicação dos recursos públicos prevalecem sobre a verdade. É bom salientar que nos mais de 270 dias que representam os nove meses não foram descontados os feriados, os sábados e domingos, abrindo-se uma exceção apenas para as ambulâncias e os carros da limpeza pública.

Alimentação dos astronautas

Pois muito bem, se vocês acham “normal” o suposto gasto com o consumo de combustíveis vão se surpreender com outro item importantíssimo para o sucesso das 15 viagens à Lua dos quatro heróis astronautas queimadenses: a alimentação.

Esta surpreendeu o mundo e os cientistas da NASA duas vezes. A primeira, pela ousadia e inventividade dos cientistas/nutricionista da pequena, mas capacitada churrascaria de nossa cidade e a única autorizada a fornecer com exclusividade o típico churrasco gaúcho, devidamente desidratado e transformado em suco.

A segunda surpresa, esta mal compreendida pelos especialistas da NASA, sobretudo os nutricionistas, foi a quantidade de “quentinhas” servidas à bordo do Ônibus Espacia,l o “Uno Foguete” durante os 90 dias em que estiveram no espaço, ou seja, durante as 15 viagens  de ida e volta à Lua. Foram, supostamente, nada menos do que 15.839 quentinhas postas à disposição dos astronautas, ou algo em torno de 3.959 mil “quentinhas” para cada sortudo escolhido à dedo por esta administração para a viagem histórica à Lua.

Para se chegar a este número basta dividir os R$ 158.394,00 supostamente pagos a tal churrascaria num período bem curto levando-se em conta um preço médio de R$ 10,00 a “quentinha”. A cerveja, bem aceita pelos quatro astronautas queimadenses, infelizmente foi proibida pelo alcaide devido às dificuldades de armazenar tanto subproduto.

É isso ai amigos. No próximo post vamos esmiuçar os gastos do alcaide Tarcísio Pedreira com o empenho para futuro pagamento de um valor inexplicável e absurdo de R$ 505.447,60 aos escritórios de advocacia à serviço da prefeitura e do prefeito. É por este ralo e ralos citados acima que o dinheiro meu, seu, ou seja, nosso, desaparece em sumidouros com a rubrica de prestação de serviços, digo eu, obscuros.

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