quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Mercado Municipal







         O “Trombone de vara” soprado de maneira rudimentar e, por vezes, fora do tom pelo ex-prefeito José Mauro Oliveira Filho e o som suave e marcado do “saxofone” extraído por Dr. André, ambos na mídia local (Rádio) contra a venda em leilão público do Mercado Popular, talvez o único espaço público disponível da municipalidade, barraram, preliminarmente, a sanha manipuladora e destruidora do atual alcaide que busca, a qualquer preço meter, literalmente, a mão na “massa”, ou melhor, o possível dinheiro a ser arrecadado com o leilão com objetivos, como denunciou o ex-prefeito, escusos, ou não suficientemente explicados por Tarcísio Pedreira.

            O recuo do prefeito Tarcísio Pedreira é a marca dessa administração desastrosa e mostra o quão é profundo o mau cheiro que exala do fosso político em que ele e sua “trupe” estão mergulhados apenas dois anos após assumir o destino político/financeiro do município de Queimadas. Ainda esta semana o “tampão” colocado por ele e “mainha” no fosso para evitar que a pestilência se espalhe e contamine a todos será aberto e aí a população Queimadense vai tomar conhecimento de sua profundidade, do teor do mau cheiro exalado e quem são os “garis” que ajudam a espalhar o contágio.

            À Sinfônica (orquestra) se agrupam outros instrumentos. Juntam-se aos dois primeiros para o início da reação. E vão tocar o “Bolèro”, de Ravel que, como sabemos é uma obra belíssima, de um único movimento e de um crescendo até o seu final apoteótico. No início, “Bolèro” foi tocada de forma suave, quase silenciosa. Muito mais murmúrios de uma plateia surpreendida, atônita.

A entrada do “Trombone de Vara” seguido do “Saxofone” foi como a senha para o início da grande reação. Acordou a Orquestra (Câmara e sociedade civil organizada). Se “Bolero” dura exatos 14 minutos e dez segundos ainda estamos apreciando o silêncio dos seus primeiros acordes. O importante é esperar pelo grande final porque alguns instrumentos podem vir a desafinar. De ouvidos atentos, portanto, aos movimentos dos onze principais instrumentos da orquestra. Deles dependem a apoteose, ou a vitória da ética contra a imoralidade.


“Roupa suja”

A reunião convocada às pressas por “mainha” (só para os secretários) dará o tom e o tamanho da sujeira. Lá, segundo murmúrios entreouvidos pelo “passarinho do pé de fícus do Bar de Osvaldo” (desperto de um sono longevo, quase eternizado), a “roupa suja” será lavada numa dimensão jamais vista. Muitos duvidam de sua eficácia até por não se saber se haverá detergente suficiente para promover a limpeza de tamanha sujeira e essência de “Patchouli” para aplacar a fedentina a ser exalada.

Três assuntos estarão em pauta, entre vários. O primeiro, a insatisfação pela eleição do vereador Renato Varjão para a presidência da Câmara. Motivos:

1 - O seu alinhamento automático (dele, Renatinho) com o grupo político liderado pelo ex-prefeito Edvaldo Cayres e sua mulher, também ex-prefeita;

2 – A ausência de diálogo e de discussão interna sobre se esse era o melhor candidato (para o grupo puro sangue, como eles se definem). A decisão autoritária vem de cima e a todos cabe apenas, aceita-la;

            O segundo, a forma atabalhoada como o prefeito Tarcísio Pedreira e um pequeno grupo, dentro do grupo, decidiram leiloar o Mercado Municipal. Muitos foram contra a forma como a decisão foi tomada:

1 – Sem discussão aberta com todos os membros do grupo de apoio ao prefeito;

2 – Sem que fosse traçada uma estratégia política aonde consultas deveriam ser feitas junto à sociedade civil organizada; aos vereadores e à população, por meio, por exemplo, de consulta popular.

O terceiro assunto é essencialmente político e comporta duas visões:

1 - A do Chefe do Executivo, secundada pela sua fiel escudeira “mainha” de que a equipe é incompetente, despreparada e é a responsável pelo desastre administrativo em que estão atolados;

2 – A dos secretários, ou parte deles, que responsabilizam o prefeito Tarcísio Pedreira e “Mainha” pela má gestão. As acusações vão de desprestígio administrativo (sem autonomia para gerir suas pastas) passando pela concentração de poderes excessivos em mãos de uns poucos (caso da Secretaria de Educação é exemplar).


O mal estar é generalizado e a reunião pode descambar para generalizações com consequência política e administrativa que poderá agravar ainda mais o caos reinante na administração municipal. Por exemplo, demissões em massa de todos os secretários e diretores (com aquelas exceções de sempre) ou mesmo a saída de alguns de forma intempestiva. Uma coisa é certa: muitos estão preparados, realmente, para “lavar a roupa suja”: doa a quem doer.

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