terça-feira, 5 de maio de 2015

Queimadas de luto





Não procurem polidez. Não a encontrarão. Não era um homem gentil, a não ser para os seus. Sua grandeza que a idade e os cabelos brancos lhe conferiam vinha da sua integridade, da sua honradez e de sua bondade, inclusive no trabalho a que se dedicou ao longo de 60 anos. Renildo a quem por intimidade não chamava de tio nasceu um diamante bruto a quem a vida, longa por sinal, não conseguiu polir.

     Cumprimentava a todos com um aperto de mão com a mesma força com que usava uma chave para retirar um pneu de caminhão. Mãos grossas, mas habilidosas porque já entrando na terceira idade virou um torneiro. Trabalho que requer além do conhecimento habilidades com as mãos e olhar acurado. Era o Seu Renildo da Oficina que mesmo ao passar dos oitenta diariamente, com sua bengala saia de casa para o trabalho para emprestar seus conhecimentos àqueles que necessitavam.


            Queimadas chora a perda de tantos filhos que dedicaram suas vidas ao bem comum. E Renildo, Tio Renildo, Seu Renildo filho, pai e avô marcaram o Seu e o nosso tempo. Saibamos respeitá-lo seguindo o Seu exemplo. De um homem dedicado ao seu mister e à sua família. Louvemos o seu legado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário